Causa Primeira
Finalidade Última da anima do homem
Teu fulcro regurgita em profusão
sóis, planetas, mundos habitados
desde a mais remota eternidade.
Olho de poder insondável,
fio tênue que preenche todas as formas,
luz de fundo de teatro de sombras,
visão de majestoso espetáculo
que irradia e atrai
o alvorecer turvo da Tua presença
em cada minima fria e isolada
partícula
que ao final se funde,
da individualidade casta,
onde o imaginar do "eu" Te esconde.
Não é prudente vislumbrar teus desígnios.
Quem assim intentou
virou globo de luz incandescente,
fogo fátuo e chama ardente
que se esvai,
bhuda sem nome, deva, anjo caído
cinza que o Turbilhão
sorve, assopra, consome
para seu núcleo,
o Negro Abismo
de onde emana a Ígnea Luz,
o Ignoto, além do véu
da vida e da forma,
Retorno à Fonte,
viagem sem volta,
Trilha Uni Versa da Sabedoria.