Delírio onírico, apnéia
Entremeada em faldas de espíritos e brumas
Mansão de gótica soberba
morada em eterno crepúsculo
encontrei minha anima na Casa dos Mortos
Encarnada em amor antigo
jovem mulher assassinada em total agonia
quando imprevidente da ameaça chegava em seu lar
não me atrevo a declamar seu nome
benfazeja presença
que na vida acompanhou meu destino
como guia
cheia de consideração e pudores
negou o intercurso que poderia aprisionar
para sempre minha existência nas brumas da morte
falou com palavras da mente doces conselhos
e adivinhou portentos de pura incerteza futura
já não era mais a antiga amada
que esfumou-se nas sombras
mas minha mãe recem falecida que fazia os vaticinios
me olhando terna com ar de alerta dizia:
- Tudo muda meu filho...
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